quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Crianças esquecidas nos carros dos pais morrem em São Paulo e Minas Gerais

                                                                  FOTO ILUSTRATIVA
Duas crianças esquecidas pelos pais em carros morreram na tarde da última quarta-feira (17), em municípios de São Paulo e Minas Gerais. Na cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, uma menina de dois anos e quatro meses faleceu apos ser esquecida pelo pai. O funcionário público Rodrigo Machado, pai da criança, foi autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e liberado após pagamento de fiança de R$ 725.
Aos policiais, Machado contou que havia saído do trabalho no horário de almoço para buscar a filha na casa da avó e, depois, deixá-la na escola. No entanto, ele acabou esquecendo da criança que estava dormindo na cadeirinha, no banco traseiro do carro, e foi direto para o serviço.
Durante o expediente, o veículo ficou estacionado próximo ao prédio da Secretaria de Finanças de São Bernardo, onde o funcionário público trabalha e da escola de Educação Infantil Integração, onde a filha estudava. Por volta das 18h, Machado foi até a escola da menina para buscá-la. Segundo a Polícia Civil, ao chegar lá, foi informado pelos funcionários que não havia deixado a filha no colégio naquele dia. Só então teria se dado conta que a havia esquecido no carro.
A Polícia Militar foi acionada para socorrer a criança, mas a menina já estava morta. À noite, os pais prestaram depoimento no 2º Distrito Policial (Rudge Ramos) de São Bernardo. Em estado de choque, o funcionário público precisou ser levado para o hospital.
Já em Minas Gerais, uma criança de um ano e onze meses foi esquecida no carro da mãe. Ela passou quase cinco horas trancada no veículo. Assim como ocorreu no caso de São Paulo, a mulher de 36 anos só descobriu o caso quando foi até a creche onde deixava a filha, na Pampulha.
A criança, que completaria dois anos no dia 17 de fevereiro está sendo velada na manhã desta quinta-feira, em uma capela na Região do Barreiro. O enterro está marcado para as 17h no Cemitério da Paz, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe da criança foi levada par a Central de Flagrantes (Ceflan) na noite de ontem, mas se encontrava em estado de choque e não pôde prestar depoimento. O delegado de plantão ouviu os policiais militares que registraram a ocorrência. O caso deve ser investigado pela Delegacia de Homicídios de Venda Nova.
A criança era levada todas as manhãs, pelo pai, à escolinha, que fica no Bairro Liberdade, na Pampulha. Porém, nesta semana o marido dela viajou e a técnica em eletrônica ficou responsável por levar a criança à escolinha, por meio período. Porém, acostumada à rotina anterior, a mãe – que tem ainda um filho de 7 anos e uma filha de 6 –, foi direto para o trabalho e não percebeu que a caçula havia ficado na cadeirinha fixada no banco traseiro, atrás do banco do carona.
O sargento Alexander Martins, do 13º Batalhão da PM, que atendeu a ocorrência, contou que, em estado de choque, a mulher não soube informar se chegou ir até a creche pela manhã, com intuito de levar a menina. “Ela disse que se lembrava apenas de ter ido ao berçário para pegar a filha, como de costume. Quando chegou, foi informada de que a menina não havia sido deixada no local. Foi então que ela voltou ao carro e, ao abrir a porta, viu a criança na cadeirinha. A mãe passou mal e teve de ser amparada pelos funcionários do estabelecimento”, relatou o militar.
Segundo o militar, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada. “Chegamos junto com o pessoal do Samu. A médica, ao perceber que a menina estava quente, a levou para a ambulância. Só então ela constatou que a criança estava quente devido à forte exposição ao calor dentro do carro, e que estava morta”, explicou Martins. A mãe da criança passou mal e precisou ser hospitalizada. Depois de receber alta, ela foi encaminhada à delegacia.
A diretora da escolinha em que a menina ficava disse que a mãe parecia certa de que a criança estava no local. “Ela chegou aqui e perguntou pela menina. Quando fomos até o carro, encontramos a garota no banco de trás”, contou. “Foi muito triste. Ela não costuma trazer a filha, sempre era o pai. Normalmente, a menina era deixada por volta das 8h, mas, como as outras duas crianças da família estão de férias, a mãe estava chegando às 10h.”
Diario de pe

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